Centro Cultural Matarazzo
O Centro Cultural Matarazzo é um importante espaço histórico, restaurado e projetado para ser um grande Centro Cultural na cidade de Presidente Prudente e região.
Abriga em suas instalações:
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- Secretaria Municipal de Cultura;
- Biblioteca Municipal – “Dr. Abelardo de Cerqueira César”;
- Biblioteca Infantil – “Benjamim Rezende”;
- Escola Municipal de Artes – “Profª. Jupyra Cunha Marcondes”;
- Teatro – “Paulo Roberto Lisboa”;
- Pinacoteca Municipal – “Laert Bueno Junior”;
- Auditório – “Sebastião Jorge Chammé”;
- Cinema – “Condessa Filomena Matarazzo”;
- Boulevard – “Os Sombras” e “Os Temperamentais”;
- Praça dos “Seresteiros de Presidente Prudente”;
- Coreto – “Francisco Artoni”;
- Galeria – “Takeo Sawada”;
- Sala de Convivência;
- Salas Multiuso – para oficinas e ensaios;
- Ateliê;
- Espaço Garagem;
- Espaço Criar;
- Armazém.
Informações e serviços
Centro Cultural Matarazzo
Rua Quintino Bocaiúva, 749 – Vila Marcondes.
Aberto de Segunda a sábado, das 8h30 às 22h e aos domingos e feriados, das 16h às 22h.
Fone (18) 3226-3399
E-mail: difusao@culturapp.com.br
HISTÓRIA
S/A IRFM – INDÚSTRIA REUNIDA FRANCISCO MATARAZZO
Possui uma inquestionável importância histórica, pois se trata de uma construção fabril típica da década de 30, e nos padrões das Indústrias Matarazzo espalhadas por todo Estado de São Paulo.
É uma das primeiras grandes referências comerciais e industriais da região e vale lembrar que a construção e atividade desses galpões marcam uma característica de mudança na história econômica da cidade e região, quando a principal atividade agrícola e fonte de economia e recursos deixa de ser o café e passa a ser o algodão, a agroindústria, posteriormente a pecuária.
A proximidade dos galpões com a ferrovia observa-se que é praticamente uma extensão do pátio da estação ferroviária, devido à necessidade da chegada de vagões para o embarque e transporte do algodão.
As S/A IRF MATARAZZO se instalaram em Presidente Prudente na década de 30 do século XX, prosseguindo em seu processo de expansão para além da capital de São Paulo e em busca de matéria prima para sua diversificada produção, que incluía tecidos, óleos vegetais, biscoitos, massas e outros itens, em expansão como única indústria nacional de grande porte, até então sem concorrência direta das multinacionais que começavam a se instalar no país, disputando fatias do mercado e consumidores.
Em todo Estado de São Paulo, com a crise de 1929 e a queda nos preços do café, buscou-se alternativas produtivas e rentáveis. O algodão, antes atividade subsidiária, tornou-se essa saída emergencial, mas com o declínio da produção de tecidos em nível nacional, a produção industrial voltou-se para o descaroçamento do algodão para a produção de óleo e a prensagem e processamento das fibras para exportação.
Em Presidente Prudente, então no auge da lavoura algodoeira, foram construídas as instalações das S/A IRF MATARAZZO na Vila Marcondes, numa área que ultrapassa os dez mil metros quadrados, na década de 30, com a finalidade de descaroçar e processar algodão, para produção de tecidos e óleo vegetal na capital e exportação, utilizando-se da malha férrea da Estrada de Ferro Sorocabana para transporte da matéria prima processada.
Na década de 60, com o declínio da lavoura algodoeira e concorrência das fibras sintéticas, como rayon, produzido pela própria IRF Matarazzo, a empresa passou a trabalhar com outros produtos como o amendoim, o milho e a mamona, na fabricação de óleos comestíveis e lubrificantes, comprando a matéria prima e distribuindo a suas outras unidades no Estado de São Paulo, favorecendo produtores de Presidente Prudente e distritos e cidades da região, como Pirapozinho, Regente Feijó, Anhumas, Iepê, Estrela do Norte, Tarabay, Rancharia, Martinópolis, Taciba, Caiabu, Presidente Venceslau e cidades do norte do Paraná, como Inajá, Parnavaí e Paranacity.
A S/A IRF MATARAZZO atuou na cidade até a década de 70, quando em todo o Estado começou o declínio do complexo Matarazzo, sendo vendidas, arrendas ou hipotecadas sucessivamente suas instalações. Os antigos galpões de processamento de algodão de Presidente Prudente foram hipotecados para o Banco Residência de Investimentos S/A e, posteriormente, 1982, por dação em pagamento de dividas com a previdência Federal passaram a fazer parte do patrimônio do IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, que controlava as finanças do Instituto Nacional de Seguro social INSS.
A história da edificação do Centro Cultural Matarazzo e a sua localização incentiva à população a reaver a história e a cultura da cidade, uma área revitalizada, utilizada como bem comum, de grande importância para posteridade pela sua preservação e recuperação.